Janeiro 2025
Pintar é não ter medo de perder.
Mangue, 2022

nanquim sobre papel; desenho de projeto de pintura

nanquim sobre papel; desenho de projeto de pintura


nanquim sobre papel; desenho de projeto de pintura
Setembro 2022
Eu vejo a pintura como uma mídia que estabelece diálogos, consigo mesma e com o mundo exterior, expandindo a conversa por meio do observador, do contexto e da História da Arte. Desde 2014, tenho conduzido uma pesquisa intitulada 'CarneeCorpo', utilizando óleo sobre tela.
Em 2018, ampliei a relação entre figura e abstração e suas possibilidades: Quando a imagem é desmontada, o observador é capaz de criar uma narrativa e acessar o papel da pintora e participar enquanto um usuário, tornando-se interator da obra. Nessa época, comecei a expandir minha pesquisa, explorando novas formas de ampliar o ambiente da pintura, através do uso de tecnologias como a Realidade Aumentada e Pinturas Imersivas (360°), acessíveis através de óculos de Realidade Virtual. Atualmente, estou buscando ampliar ainda mais as possibilidades da pintura, permitindo que a tela se desenvolva no espaço físico.
Entendo 'Sistema' como um conjunto de elementos interconectados, e estou interessada em decifrar o significado e a função de cada elemento em seu contexto, a fim de compreender como o todo funciona como um sistema. Eu acredito que, ao tocar o verdadeiro caráter de cada elemento e seu papel no conjunto, somos capazes de fazer com que o sistema atue de forma diferente.
Para a maioria dos meus trabalhos, estou desenvolvendo buscando uma nova maneira de pensar sobre a pintura e considerando-a como um sistema próprio. Eu estabeleci a Carne da pintura como um local de desejo, fragmentação, ilusão, força e independência própria; e o Corpo como motivo, contexto, conteúdo, território, limites e possibilidades de extensão.
CarneeCorpo trabalha com as tensões entre a aproximação de imagens e sua natureza visceral, combinando imagens da internet, perspectivas sociais e históricas, representações e reimaginações da mulher, bem como pulsões de desejos e dores. Juntas, elas tensionam o espaço entre o imaginário e o real, o entrar e o sair, o passado e o presente - o Corpo como um invólucro e a Carne como o material das Coisas. Carne da Terra avança sobre o território celebrando a Natureza e sua fertilidade.
Útero, 2018



